O vereador de primeiro mandato, Douglas Pinto (PSD), tem se destacado nesses pouco mais de três meses de mandato na Câmara de São Luís. Douglas, que foi eleito com 16.036 votos, tem sido uma das poucas vozes que confrontam a gestão do socialista Paulo Victor. O parlamentar já protagonizou embates públicos com o presidente da Câmara, o confrontando por exemplo, durante a sessão em que foi derrubado o veto do prefeito Eduardo Braide contra o aumento do seu salário. O argumento usado pelos parlamentares que votaram pela derrubada seria a valorização da classe dos auditores fiscais do município, que seriam beneficiados com aumento salarial. Douglas Pinto confrontou não só Paulo Victor, mas também os demais vereadores a empreenderem os mesmos esforços na valorização dos servidores contratados da Câmara, que, de acordo com Douglas, estariam com salários defasados e não teriam direito a um plano de saúde.
No que diz respeito à transparência no poder legislativo municipal, o parlamentar apresentou três emendas modificativas ao projeto de resolução n° 05/2025, que pede, entre outras coisas, a publicidade, através do diário oficial eletrônico da câmara, dos cargos de livre nomeação, das nomeações e exonerações realizadas, com devida identificação da data e da lotação do servidor. De acordo com o próprio parlamentar, a quem o blog conversou na manhã deste sábado (12), “O presidente da câmara, vereador Paulo Victor, controla essas nomeações ao seu bel-prazer e, se algum vereador, por exemplo, não reza sua cartilha, sofre automaticamente retaliações com perda desses cargos controlados pela presidência.”
A pergunta que não quer calar é: onde estão os chamados vereadores conservadores da Câmara de São Luís que se calam diante desses abusos e da falta de transparência? Vale lembrar que o presidente da Câmara de São Luís é réu pela prática de corrupção e, segundo a denúncia, em troca do arquivamento de investigações sobre possíveis desvios de emendas parlamentares, o vereador teria empregado, em cargos da presidência da Câmara, uma amiga, um primo e um vigia do condomínio onde reside um promotor de Justiça. Fica aqui um questionamento: por que os chamados vereadores conservadores Marquinho (UNIÃO BRASIL), Aldir Junior (PL) e Flávia Berthier, também do PL, não têm utilizado o seu mandato para denunciar tais práticas e lutar por mais transparência? O vereador Douglas Pinto foi chamado também para ensinar o que é ser um verdadeiro conservador na luta contra o chamado “sistema”.