As eleições do ano passado na cidade da Baixada Maranhense foram marcadas pelo esfacelamento de apoio de membros do governo do Estado e parlamentares da base aliada do governador, pelo menos no que diz respeito ao candidato derrotado de oposição Narlon Silva e ao prefeito eleito Nilton Everton. Narlon contava com o apoio do deputado estadual Guilherme Paz (AVANTE) e chegou a ter conversas com o próprio governador Carlos Brandão no sentido de costurar um apoio (o que acabou não vingando). No campo governista, capitaneado pela ex-prefeita Linielda e seu marido Eldo Jorge, deputados federais e estaduais estiveram na cidade e manifestaram publicamente apoio à eleição do candidato do grupo que governa Matinha há mais de 8 anos: Nilton Everton. Marreca Filho (deputado federa)l, Jucelino Filho (ministro das Comunicações), Weverton Rocha (Senador), Felipe Camarão (vice-governador), dentre outros nomes, estiveram na cidade.
O que muitos matinhenses não se atentaram é que o não comparecimento do governador do Estado, Carlos Brandão, foi um fator relevante o chefe do executivo Estadual preferiu se distanciar no período eleitoral e isso era apenas um prelúdio do atual cenário político em Matinha. No grupo da gestão, há aqueles que estão fechados com Brandão e consequentemente, com seu sobrinho e pré-candidato ao governo, Orleans Brandão. Há também um grupo, ainda que pequeno, que está desenhando um apoio ao nome do atual vice-governador do Estado, Felipe Camarão (PT). Além disso, existe um terceiro grupo que mantém conversas avançadas com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide. Esse esfacelamento tem gerado uma divisão no grupo que comanda Matinha, e quem diz que a eleição estadual definirá o cenário municipal em Matinha em 2028. Resta observar quem terá maior habilidade para jogar com as cartas certas.